ESCRITAS PRETAS: SANKOFA é uma coleção de livros que visa responder e/ou apresentar novas indagações sobre motivações, prazeres, acolhimentos, pesquisas, (auto)descobertas, resistências, (re)existências, reflexões, lutas, (trans)formações e mandingas que emergem da escrita de mulheres negras.

Essa coleção nasce da parceria entre a Editora Instituto Langage e as intelectuais negras Analu Silva Souza e Kassandra Muniz – responsáveis pela direção e organização dessas narrativas tão sensíveis e prestigiosas – com foco no provérbio dos povos de língua Akan que diz “retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro”, sankofa. Desse modo, é possível com esses livros conhecer mais sobre cada uma delas e também contar a história da relação das mulheres negras com a Linguagem.

O primeiro livro intitulado ESCRITA DE MULHERES NEGRAS EM CONTA GOTAS: SOBRE FUTUROS é composto por textos que dialogam com o cotidiano das mulheres negras em toda sua pluralidade. São textos que falam sobre vida, trabalho, academia e afetos anunciando o futuro da coleção.

MINIOBIOGRAFIAS

Organizadoras:

Kassandra da Silva Muniz é organizadora da coleção, mãe, filha de Osun e Pernambucana. Pós-doutora em Linguística Aplicada pela UNB. Doutora e mestre em Linguística pela UNICAMP. Licenciada em Letras pela UFPE. Professora Associada do Depto. de Letras da UFOP. Nesta instituição, foi Coordenadora adjunta do curso de Especialização UNIAFRO: promoção da igualdade racial na escola; coordenadora do NEABI/UFOP (2010-2014); coordenadora do PIBID AFRO(2011-2017) e atualmente é líder do grupo de pesquisas GELCI/CNPq – linguagens, culturas e identidades. Coordenou também o GT – Práticas Identitárias em Linguística Aplicada, da Associação Nacional de Pós-Graduação em Linguística e Literatura (ANPOLL) Triênio (2018/2021). Suas pesquisas se inserem na área de Estudos Culturais e Performance, Linguística Aplicada e Antropologia Linguística, e Literaturas de Autoria Negrofeminina. Nos últimos anos vem se dedicando a pesquisar esses campos a partir de uma concepção de Linguagem como Mandinga.

Ana Lúcia Silva Souza é organizadora da coleção, cria dos movimentos negros, ativista, educadora e leitora do mundo. Socióloga, mestra em Sociologia, doutora e pós-doutora em Linguística Aplicada. É professora no Instituto de Letras da UFBA. É associada à Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as – ABPN. Integra a Diretoria da Ação Educativa. Tem estudos na área de Ensino de Língua Materna, Letramentos, Ações Afirmativas, Juventudes e Hip-hop. Autora de várias escritas entre elas Letramentos de Reexistência – Poesia, Grafite, Música, Dança – Hip-Hop e também Letramentos no Ensino Médio, ambas da Ed. Parábola.

AUTORAS VOLUME 01:

Claudilene Maria da Silva é pedagoga, mestra e doutora em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recentemente concluiu estágio pós-doutoral vinculado ao PPGEdu e à Cátedra Paulo Freire da UFPE. Professora da UNILAB, onde coordenou o curso de Pedagogia no biênio 2017-2019. Trabalha com formação docente atuando principalmente nos temas: Currículo e Prática pedagógica; Didática e Prática docente; Relações étnico-raciais no espaço escolar; e Identidade, Cultura e Resistência Negra. É também coordenadora do Núcleo de Estudos Africanos, Afro-Brasileiros e Indígenas (NEAABI/UNILAB) e membro do grupo de pesquisa NYEMBA – Processos Sociais, Memórias e Narrativas Brasil/África.

Ednéia Gonçalves é socióloga e educadora. Possui experiência na docência e gestão escolar. Desde 2004 atua como formadora e coordenadora de projetos de cooperação técnica internacional na área de Educação de Jovens e Adultos em diferentes países do continente africano. Atua como formadora de gestores e professores em organismos internacionais e redes públicas e privadas em diferentes estados brasileiros. É autora de artigos na área de Educação e Relações raciais, Direitos humanos e Equidade. Atualmente é coordenadora executiva adjunta da ONG Ação Educativa.

Gleys Ially Ramos é neta de Sebastiana e filha de Izaltina, mãe de Hércules e de Breno. Licenciada e bacharel em Geografia, mestra em Desenvolvimento Regional e doutora em Geografia. Possui quatro estágios de pós-doutoramento nas áreas de Geografia, Desenvolvimento regional, Estudos de gênero e migrações e Estudos feministas em Antropologia Social. Coordena o OUTRAS – Observatório Transdisciplinar em Feminismo, Política e Métodos (CNPq) e OUTRAS – Observatório Feminista da UFT.

Ione da Silva Jovino é professora, preta, periférica, mãe e avó. Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mestra e doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente, pesquisadora e extensionista na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Membro do Núcleo de Relações Étnico-raciais, Gênero e Sexualidade da UEPG.

Isabelle Sanches é filha de Marlene Sanches Pereira e Reginaldo Bomfim Pereira, mulher negra, cisgênero, lésbica, poeta-escritora em estado de assunção. Nascida, criada e feita na magistral cidade de Salvador. Doutora em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA, mestra em Educação e Contemporaneidade pela UNEB, especialista em Psicopedagogia também pela UFBA e Pedagoga. Professora da Universidade do Estado da Bahia. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Território, Cultura e Ações Coletivas (TECEMOS/UNEB) e membro do CEAFRO/ICEAFRO: Educação para a Igualdade Racial e de Gênero.

Lívia Natália tem pós-doutorado em Literatura Brasileira pela UNB e é doutora em Literatura e Cultura pela UFBA, onde é professora associada do Setor de Teoria da Literatura. Coordena o grupo de pesquisa Corpus Dissidente e é tutora do Grupo do Programa de Educação Tutorial (PET-Letras). É autora de vários livros como livros Água Negra (Prêmio Banco Capital de Poesia/2010), Dia bonito pra chover (Prêmio APCA de Melhor Livro de Poesia do ano de 2017/ Ed. Malê, 2017), Sobejos do Mar (Ed. Caramurê, 2017) e vários outros. Possui pesquisas desenvolvidas nos campos da Teoria da Literatura para Literaturas Negras e Pensamento Decolonial.

Maria Anória de Jesus Oliveira é doutora em Letras, docente titular da Universidade do Estado da Bahia/UNEB, onde atua no curso de Letras e na pós-graduação (Pós-Crítica). Autora do livro Áfricas e diásporas na literatura infantil e juvenil no Brasil e em Moçambique (EDUNEB). Tem outras publicações e organizações de livros e periódicos acadêmicos. Uma das coordenadoras da Área: Literaturas, Linguagens e Artes da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), como NegrAnória d’Oxum publica e divulga textos autorais/literários no seu canal NegrAnória d’Oxum: palavras que abraçam.

Maria Clara Araújo é formada em Pedagogia pela PUC-SP e cursa a Especialización y Curso Internacional en Estudios Afrolatinoamericanos y Caribeños pelo Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO) pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO Brasil). Possui o Certificado en Estudios Afrolatinoamericanos do Instituto de Investigaciones Afrolatinoamericanas de la Universidad de Harvard. Integrante do NIP: Núcleo Inanna de Pesquisa e Investigação de Teorias de Gênero, Sexualidades e Diferenças, coordenado pela Profª Dra. Carla Cristina Garcia (PUC-SP).

Maria Nazaré Mota de Lima é filha de Maria Mota de Oliveira Lima e Cândido de Sena Lima, mulher negra, cisgênero, hétero e professora de português aposentada. Nascida em Nazaré das Farinhas, migrou cedo para Salvador. Na capital continuou o ensino básico e se formou para professora. Graduou-se em Letras, fez alguns cursos de pós-graduação lato sensu, mestrado em Educação e, em seguida, doutorado em Letras e Linguística – todos na UFBA. Atua como professora do Pós-crítica da Universidade do Estado da Bahia e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Iraci Gama, atuando nos temas de identidades e formação de professoras, com foco em raça-gênero-sexualidades e seus impactos nas linguagens, e vice-versa.

Nayara Rodrigues é negra surda, arte-educadora atriz, poeta, slammer, mc e tradutora de Libras em conteúdos cinematográficos. Traduziu pela Fluindo Libras os filmes da Mostra África XX de Curitiba da Cartografia Filmes. É co-fun-dadora do grupo RamariaS e contadora de histórias no gRUPO êBA! Mãe e ativista pelos direitos das mulheres negras surdas faz debates sobre mulheres surdas, maternidade surda, Libras erótica e representatividade. Já ministrou minicursos sobre Literatura Surda e Direitos Humanos na UFSC e possui um capítulo de Livro intitulado “A culpa é da surda que pariu: análise do poema mãe assassina” sobre maternidade e violência contra mulheres surdas.

Nanci Araújo Bento é filha de Dona Zefa de Souza Araújo, feminista, antirracista, mestra e doutora pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como professora adjunta do Instituto de Letras da UFBA desde 2013. Também é professora de Língua Portuguesa pela SEC/BA e leciona a disciplina como segunda língua para surdos há mais de dez anos. Coordena o Curso de Extensão Em Pretas Mãos e o Projeto Entre Vistas: a navegação híbrida bilíngue/bicultural/bimodal nas múltiplas linguagens para o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa Formação de Professores (de) Surdos (GPFPS/INES).

Nilma Lino Gomes é graduada em Pedagogia pela UFMG, mestra em Educação pela UFMG, doutora em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela USP e pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Coimbra – Portugal e em Educação pela UFSCAR. Foi reitora pró-tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) (2013-2014), ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial, Juventude e Direitos Humanos no governo da presidenta Dilma Rousseff (2015-2016). É atualmente professora titular emérita da UFMG.

NÓS, MULHERES DA PERIFERIA (caso especial)
Nós, mulheres da periferia é um site jornalístico dedicado à repercutir a opinião e a história de mulheres negras e periféricas. Tem o compromisso de oferecer um outro jeito de ver os acontecimentos no Brasil e no mundo, além de contribuir para a construção de uma sociedade plural, antirracista e não patriarcal. As autoras que assinam o texto são:

Jéssica Moreira é escritora e jornalista. Cria de Perus, bairro da periferia de SP. Começou a escrever crônicas para enfrentar o dia a dia das longas viagens de trem. Cofundadora do Nós, Mulheres da Periferia, já escreveu dezenas de histórias de mulheres e é codiretora do documentário Nós, Carolinas. É uma das criadoras do recém-lançado Terracota, coletivo poético formado por mulheres. É repórter da Agência Mural de Jornalismo das Periferias em Perus e coautora do Blog Morte Sem Tabu, da Folha de S. Paulo. É coautora dos livros Heroínas dessa História – mulheres em busca de justiça por familiares mortos pela ditadura (Autêntica, 2020) e Queixadas – por trás dos 7 anos de greve (Independente, 2013).

Lívia Lima é jornalista e produtora cultural. Graduada em Comunicação Social – Jornalismo (Mackenzie) e em Letras (USP) e mestra em Estudos Culturais também pela USP. Trabalhou com revisão e edição de textos, comunicação interna e assessoria de imprensa na área de Educação e do Terceiro Setor. Atualmente trabalha com produção e gestão cultural. Integra o conselho da Agência Mural de Jornalismo das Periferias e é cofundadora do Nós, Mulheres da Periferia. Acompanha o Movimento Cultural das Periferias de São Paulo e colabora com o Centro de Estudos Periféricos da Unifesp-SP. Também é responsável pela programação de Audiovisual e Tecnologias e Artes do Sesc Belenzinho.

Semayat Oliveira é jornalista, escritora e documentarista formada pela Universidade Metodista de São Paulo e especialista em Cultura, Educação e Relações étnico-raciais pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Cofundadora do Nós, Mulheres da Periferia, atua há dez anos com foco em criar novos imaginários e narrativas sobre as mulheres brasileiras, a periferia e a população negra. No âmbito da comunicação estratégica, atuou como coordenadora de comunicação no Instituto Vladimir Herzog entre 2018 e 2019.

Rosana Batista Monteiro é mãe de Matheus e companheira de Luis Eduardo. Escolheu ser professora inspirada por suas tias. Sempre estudou em instituições públicas: magistério, Pedagogia (UNESP), Mestrado em Educação (UNICAMP) e Doutorado (UFSCar). Atuou em instituições privadas de ensino superior e foi professora substituta na UFSCar, efetiva na UFRRJ e voltou em 2013 à UFSCar – Sorocaba. Também lidera o ETNS – grupo de pesquisa Educação, territórios negros e saúde; integra o GT21 – ANPED e o GT Racismo e Saúde/ABRASCO. Faz parte do Programa de Pós-graduação em Estudos da Condição Humana (PPGECH) e da Coordenação do NEAB.UFSCar. Ama plantas!

Simone Silva é mãe de Deivid e de Sofya em tempo integral, professora e defensora dos Direitos Humanos. Criada e feita na comunidade de Gesteira – Minas Gerais. Faz parte da Comissão dos atingidos, do Coletivo de Saúde de Barra Longa e é militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Vilma Neres é fotógrafa, jornalista, mestra em Relações Étnico-Raciais e bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. É autora da dissertação Trajetórias e olhares não convexos das (foto)escre(vivências): condições de atuação e de (auto)representação de fotógrafas negras e de fotógrafos negros contemporâneos, do livro intitulado A escrita com a Luz das Fotoescrevivências, em abordagem de práticas fotográficas e reflexões em torno das trajetórias sociais de cinco fotógrafas e dois fotógrafos negros baianos.

Waldete Tristão é Ekedji e escritora dos livros infantis Conhecendo os Orixás: de Exu a Oxalá e Do Òrun ao Àiyé – A criação do mundo. No coletivo de mulheres Ilu Oba de Min foi tocada pelo xequerê, pelo djembé e agora expressa sua memória ancestral no corpo de dança. Desde muito cedo, no chão da escola, segue aprendendo e reaprendendo em movimento pela infância, pelas relações raciais e pelo antirracismo. Doutora pela FEUSP, pedagoga e mestra pela PUCSP. Também é professora de crianças e professora de adultos. Companhia e companheira de Gil, mãe de Róbson Gil por um longo desde sempre…

AUTORAS VOLUME 2:

Denise Botelho é Iyalorisa do Ile Ase Alagbede Orun, professora associada do Departamento de Educação (DED) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e docente orientadora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI-UFRPE/FUNDAJ). É também líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades “Audre Lorde” (Geperges Audre Lorde). Junto ao Coletivo de Acadêmicas Negras Luiza Bairros (CAN Luiza Bairros) trabalha o ativismo acadêmico, atuando também com outros temas relativas aos temas de raça e educação antirracistas.

Camila de Moraes é jornalista e graduanda no curso B.I. de Artes com foco em audiovisual pela Universidade Federal da Bahia. Se tornou a segunda mulher negra a entrar em circuito comercial com um longa-metragem após 34 anos de silenciamento no Brasil com “O Caso do Homem Errado”. Dirigiu o curta-metragem “A Escrita do Seu Corpo”, produziu e co-roteirizou o documentário “Mãe de Gay” e participou de muitas outras produções. Idealizadora e Curadora do Festival Cinema Negro em Ação e desenvolve o projeto “Nós Somos Pares”.

Deise Benedito foi fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra e membra da Fala Preta – Organização de Mulheres Negras. Participou como palestrante em Seminários Congressos Nacionais e Internacionais, sobre temáticas relativas aos Direitos Humanos, Gênero, Raça e Juventude Negra. Atuou na Segurança Pública, no Sistema Prisional – como Diretora do Departamento de Promoção – e na Defesa da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República. É ex-perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura. Também é graduada em Direito e Mestre em Direito e Criminologia pela UnB.

Gonesa Gonçalves é autora do livro Cata-Ventos (2020). Licenciada em Letras pela Universidade Federal da Bahia, estudante de Arquivologia, bolsista em projetos especiais e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Rasuras, todos na mesma instituição. Coordenadora do Projeto Literário Enegrescência e possui publicações na Revista Organismo n° 5, na La Joven Parca e nos livros: O diferencial da Favela (vol. I e II) e Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana. Foi uma das organizadoras dos livros Coletânea Literária Enegrescência (2016) e Vozes de Reexistência Juvenis: Presente! (2019).

Gessiane Nazario é professora das séries iniciais da Rede Municipal de Armação dos Búzios. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestra em Sociologia pela UFF e doutora em Educação pela UFRJ. Membra do coletivo de Educação da CONAQ e ACQUILERJ. Pesquisa áreas de educação no contexto das lutas quilombolas por direitos territoriais e de afirmação da identidade étnica, quilombola e os mecanismos de exclusão e apagamento da memória coletiva, processos e estratégias de alfabetização de crianças quilombolas e outras áreas da educação inclusiva, multicultural, emancipatória e antirracista.

Givânia Maria Da Silva é educadora e quilombola. Graduada em Letras e especialista em Programação de Ensino e Desenvolvimento Local Sustentável, mestra em Políticas Públicas e Gestão da Educação e doutoranda do curso de Sociologia na UnB. É integrante do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro/NEAB, do Grupo de Estudo Mulheres Negras, Cauim e do Grupo de Estudos em Políticas Públicas, História e Educação das Relações Raciais/ GEPPHERG (UnB). Atualmente é professora voluntária da FUP/UnB e integrante dos Coletivos de Mulheres e de Educação da CONAQ. Também é associada à Associação Brasileira de Pesquisadores e Pesquisadoras Negras (ABPN).

Lícia Barbosa é filha de Maria Xavier de Lima Barbosa e Pedro Macêdo de Oliveira Barbosa, mulher negra, cisgênero, hétero e professora de sociologia/antropologia. Nascida e criada em Salvador/BA. Graduada em Ciências Sociais, mestra em Sociologia e doutora em Estudos Étnicos e Africanos – todos na UFBA. Professora na Universidade do Estado da Bahia, pesquisadora dos Grupos de Pesquisa Iraci Gama e Território, Cultura e Ações Coletivas (TECEMOS) também na UNEB. Membra do Instituto CEAFRO/ICEAFRO: Educação para a Igualdade Racial e de Gênero e atua nos temas vários das identidades com foco em raça-gênero-sexualidades.

Maria Nazaré Mota de Lima é filha de Maria Mota de Oliveira Lima e Cândido de Sena Lima, mulher negra, cisgênero, hétero e professora de português aposentada. Nascida em Nazaré das Farinhas, migrou cedo para Salvador. Na capital continuou o ensino básico e se formou para professora. Graduou-se em Letras, fez alguns cursos de pós-graduação lato sensu, mestrado em Educação e, em seguida, doutorado em Letras e Linguística – todos na UFBA. Atua como professora do Pós-crítica da Universidade do Estado da Bahia e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Iraci Gama, atuando nos temas de identidades e formação de professoras, com foco em raça-gênero-sexualidades e seus impactos nas linguagens, e vice-versa.

Lucia Maria de Assunção Barbosa é professora desde a adolescência, quando já dava aulas nas casas de famílias da alta sociedade cuiabana. Atuou como professora na rede estadual de Mato Grosso, na antiga Escola Técnica Federal de Mato Grosso e também na Universidade Federal de São Carlos, onde estreou seus primeiros passos na especialidade de Português para Estrangeiros. Desde 2012 atua como professora de Português para Estrangeiras na Universidade de Brasília (UnB) e desde 2013 o projeto PROACOLHER: Português como Língua de Acolhimento, destinado a imigrantes e refugiados(as).

Luciana da Cruz Brito é historiadora, mestra em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutora em História pela Universidade de São Paulo. Foi pesquisadora visitante no Instituto Du Bois da Universidade de Harvard e bolsista Fulbright na New York University. Atualmente é professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. É também autora do livro Temores da África: legislação e segurança na Bahia oitocentista, que ganhou o prêmio Thomas Skidmore de 2019.

Rosa Maria Marques é mestra em Ciências Sociais pela Universidade Vale dos Rios dos Sinos – UNISINOS. Integrante e Secretária Executiva da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, e uma das coordenadoras da Rede de Mulheres Negras do Nordeste. Têm experiência com mais de 20 anos na Área Social discutindo sobre Direitos humanos, cidadania, relações raciais/gênero e juventude. Sua militância se finca na luta contra o racismo, e quaisquer tipo de violência, e pelo Bem Viver das mulheres negras.

Fredda Amorim é bixa, travesti, preta do Axé que TRANSita pelo mundo. Historiadora e professora de história com uma carinhosa e conturbada experiência de quase 10 anos no ensino público de educação de MG, nas prefeituras de Ouro Preto e de Pedro Leopoldo. Debruça-se em pesquisas, ações e práticas voltadas para as questões de gênero e raça, junto à coletiva QUEERLOMBOS. Também é produtora e idealizadora da empresa Bangalô de Irene Produções Artísticas, militante no coletivo Outro Preto no qual participou como co-candidata na chapa coletiva Outra Ouro Preto à uma vaga no legislativo.

Marta Alencar dos Santos, mais conhecida como Martinha. é mulher negra, lésbica, quase idosa, filha de orixá e professora por escolha. Iniciou sua carreira docente na Educação Básica, onde aprendeu a ser professora de crianças pequenas e bem pequenininhas junto com elas e outras mulheres negras também professoras. Atualmente é professora de futuras professoras na Universidade de Feira de Santana (UEFS), onde se constitui como professora de nível superior. Suas pesquisas de mestrado e, atualmente, doutorado dialogam com as crianças negras e seu direito à Educação Infantil.

Simone Gonçalves nasceu em 1982. Baiana, natural de Salvador, atualmente vive no Chile. É artivista da dança, graduada em Dança pela UFBA, mestra em Dança e em Educação e Tecnologia pela Uchile. Atua nas danças urbanas de ritmos africanos e da diáspora com foco no Breking, Afrohouse e entre outras. Trabalhou o HipHop através de projetos sociais culturais com ênfase nas questões intersecionais que atravessam a corporalidade da mulher negra na arte. Também é instrutora de yoga indiano certificado pela escola Yuutki Yoga no Chile e brevemente de yoga afrekano. Criadora do projeto autocuidado online através de práticas de yoga para público, em geral, com foco em mulheres negras de Abaya yala.

Rosyane Silwa é mãe de Nzinga Maria, jornalista, produtora cultural, empreendedora, sonhadora e pisciana. Nasceu em Franca, mas vive em São Paulo capital. É paridora e CEO da Compre de uma MÃE PRETA, que é a primeira plataforma de e para mães negras (pretas e pardas), indígenas, afro-indígenas, imigrantes e refugiadas negras EMPREENDEDORAS. Também é produtora e curadora do Festival Feira Preta e mestra em História pela PUC-SP, onde pesquisa símbolos e significados do uso de Turbantes, Capulanas e carregadores de bebê tradicionais. Assessora formada em babywearing pela BNP – Bebê no Pano.

Fernanda Felisberto é Doutora em Literatura Comparada pela UERJ, professora de Literatura Brasileira no Departamento de Letras do Instituto Multidisciplinar e no campus Nova Iguaçu da UFRRJ, Tutora do Pet-Conexões Baixada – IM UFRRJ. Organizadora da antologia de contos Terras de Palavras (2004),pesquisadora da Coleção Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica – organizada pelo Prof. Dr. Eduardo de Assis Duarte. Coordenadora do Ciclo de Seminários Mulheres Nas Artes: Conceição Evaristo, promovido pela Escola do Olhar do MAR – Museu de Arte do Rio. Integrante do Conselho Editorial para a publicação dos manuscritos de Carolina Maria de Jesus. Apresentadora do quadro Okawê do Programa Espelho.